A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, voltou nesta quarta-feira (15) a defender a legalização da venda da maconha e sugeriu que a droga pudesse ser vendida em bares, a exemplo de bebidas e cigarros.
Segundo ela, a maconha deveria ser vendida como cerveja. "No bar, não se vende muita droga?", questionou.
A candidata afirmou que é preciso trazer esse comércio para o "mundo da legalidade" e tirar das mãos de organizações criminosas, como o PCC.
"A gente está trocando tiros para impedir que as pessoas fumem, e elas fumam", disse a candidata, em sabatina Folha/UOL.
Durante cerca de uma hora e meia a candidata foi entrevistada pelos pelos jornalistas Denise Chiarato, editora de "Cotidiano" da Folha, Mário Cesar Carvalho, repórter especial, Barbara Gancia, colunista do jornal, e Maurício Stycer, repórter especial do UOL.
Soninha disse, porém, não fumar mais maconha. "Parei de fumar por causa da minha religião", disse a candidata, que é budista. Em 2001, Soninha deu entrevista à revista "Época" admitindo usar a droga e desde então é favorável à descriminalização.
A candidata também criticou a ação do governo e da Prefeitura de São Paulo no centro de São Paulo para combater o uso de crack. Para ela, a ação foi "descoordenada" na região central, que é apenas uma de muitas "cracolândias" que existem na cidade.